quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

VOLTEI

Voltei.

De onde não sei.

Só sei que voltei.

Hoje falei, cobrei, amei e odiei.

Nem sei.

Só sei que voltei.

Sei que tava sei lá onde.

Fazendo sei lá o que.

Com cara de mal-me-quer.

Vim com tudo.

Vim pro real, pro virtual e pro natural.

Liguei o eu quero.

.....e me joguei.

(realismo x pessimismo)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

7

Não lembro do primeiro beijo.
Não sei como foi que me levou.
Não lembro do primeiro abraço.
Não sei o que me arrebatou.

Sei bem como foi o segundo e como ele me causou.
Foi devagar como a brisa macia.
Com a qual ele passou.

Do terceiro, quarto e quinto já nem sei o que falar.
Foram tão graciosos que nem parei para contar.
O sexto foi gostoso como o aconchego do lar.

Mas eu quero mesmo é falar do sétimo.
Depois do susto, do vento e da maré alta.
Hoje vivo um forte amor que só faz aumentar.


Feliz 7!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

ANSIOSO TEMPORAL


Foi assim, como choque.
Foi de canto, como seu toque.
E apareceu a voz da tempestade.

As águas levaram tudo.
As mágoas deixaram pouco.
E eu não soube o que temer.
Só sei que temi.

Só posso tentar temer o que não se pode evitar.
Fazer valer o que está aqui, ao meu lado.

Correr contra os pingos da chuva.
Espalhar-me por milhares de letras.

Algo há de fazer dessa busca, um doce caminho.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

À procura

E quando eu erro, me enxergo.
Quando me enxergo me perco.
Quando me perco, tenho certeza que achar é raro.

A procura não cessa jamais.
A fome que eu sinto me pede mais e mais.

Não faz sentido nenhum, olhar no espelho por mais três décadas.
Se não for possível perceber o que há além das pupilas.

Quando erro, me escondo.
Quando me escondo, me acho.
Atrás da árvore, debaixo da mesa.

Lá, pequena...
...e com medo de sair à procura.

sábado, 2 de janeiro de 2010

São dois depois

Ouço melodias e palavras soltas.
Canto sem som nem nexo.
Viajo num mundo de peleias tontas.
Tento entender o que não tem sexo.

Assim, de grão em grão, me crio.
Construindo com cor de pé-de-moleque.
Saboreando a vida por um fio.
Constatando que não há estepe.

Vou esperando o depois.
Tudo que vier com os dias que não sei.
Aquilo que não vi e são dois.
Ou assim pensei.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sem saber o que

O que te consome?
O que você consome?
Do que tem fome?

Eu tenho de saber o porquê.
Eu tenho ganas de viver de um que.
Pânico! Alerta! Corra Lola!

O Porquê? Não sei de que.
Talvez um que de "quero mais".
Um toque de vou atrás.
De que?

Que porra essa que intriga.
Vertigem que envolve.
Querendo ou não.

Vai que seja essa a questão.
Querer ou não querer?
Que tão em vão.

Que te faz questionar com mais veemência?
Que te faz quente com mais frequência?

Que tanta pergunta!
Foi sem querer querendo.

Que seja...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O todo brigou com a parte

Disseram-me que a parte é só uma parte.
Que o todo é maior e sempre.
Que eu sou o todo e muitas.
Que as partes todas são eu nas muitas.

Múltiplas faces.
Doces facetas.
Tudo junto reunido buscando o resto.

A parte busca o todo e o todo tenta controlar a parte.
Ora fazem amor, ora fazem drama.
Tem horas que se fundem, tem horas que um se esconde.

O todo mandou dizer para parte calar a boca.
Ela se calou, mas volta logo.
Aos pouquinhos vem, de micro parte em micro parte.
Fazer parte de mais uma história que o todo terá para contar.

Eu parto do princípio que a parte é menor que o todo...
mas toda vez que que se fala na parte, tudo faz um sentido total.