Que?

Que tanto bla, bla, bla?
Falam dos mistérios dos erros que acham que cometeram.
Falam dos intempérios dos seres e das virtudes dos amantes.

Eu, que sou mais que distante, de algum planeta vazio de um universo errante.
Não capto com minhas anteninhas de jasmim...
....de onde vem tanto trelele.

Tanto que nesse interim...
me perdi dentro de mim.

paciência__

Pra que falar tão bonito?

Não enrola moço, não trova.



Vem, chega junto de mansinho.

Pega logo, ataca!



Ai, pra que tanta dança?

É só chegar, não tem lambança.



Ai, pra que tanto tédio?

Até minha sombra se inquietou.



Cansei!



Comi eu o último pedaço.

Amizade além...

um é daqui e outro é de acolá...
um é da maré dos dentes da frente...
o outro é do filme que queima na fila de trás;


um é felino como os leões da savana...
o outro é dançante como os escorpiões das praias;


um é intelecto e emoção que arde...
o outro é intuição e emoção que flutua;


um nasceu para poeta de letras e mensageiro de imagens tórridas...
o outro nasceu para surfista de mensagens e escultor das dunas;


um certo dia, foram um só...
mas descobriram o inevitável...
um fazia o outro evaporar e o outro fazia o um apagar;


voltaram a ser dois...


às vezes eles se encontram e se batem de frente como forças distintas da natureza...


nesses dias tem furacão nos céus e...


Ben Harper nas caixas de som...


às vezes o fogo solta lágrimas e a água faíscas, só pra se misturarem um pouquinho mais...


sem água, não tem fogo...


sem fogo, não tem água...


Então às vezes, só às vezes...eles suspiram baixinho que se amam ... além da vida.




(para meu amigo -além da vida- Fe)

Quando faltam palavras

Silêncio.
Respira.
O vento parou de soprar.
O relógio cessou.

Congelados nesse frame de histórias mal contadas,
almas desesperadas por um não-sei-o-quê.

Uma tal de tempestade em copo d'água do destino?
Um tal olho do furacão do desejo?
Ou uma mansidão aconchegante do amor?

Não sei.

Me faltam palavras.

Jeitoso

Qual o jeito desse sujeito de mandar no meu jeito?
Eu peço sempre que não me deixe sem jeito.
Que deixe eu fazer de tudo um pouco.
Que deixe eu provar de todos poucos.

Qual o jeito desse sujeito não mexer no trejeito?
Eu quero jogar dos meus jeitos.
Com meus peitos.
Eu quero poder amar com o peito.
Do meu jeito.

Qual o jeito do meu sujeito ter voz?
Cada um com seus gritos de guerra.
Cada qual com suas faces de fera.

Todos modelando a modelagem desse jeito.
Todos tentando chegar mais perto do outro jeito.

De tudo que é jeito.

...que jeito?

MEDO DE EVOLUIR

Eu não faço a mínima idéia porque fazia tanto tempo que eu queria ter um Blog e sempre arranjava uma desculpa para não fazer. Acho que é uma resistência a essa onda de blogs. Todo mundo tem um blog. Tá! Tudo bem. Eu aceito que até reclamar que todo mundo tem um blog é algo atrasado, porque faz tanto tempo que todo mundo tem um blog, que é a mesma coisa que reclamar que todo mundo toma banho. Exageros a parte, eu acho que eu tenho é medo de evoluir. Eu não sou contra os avanços tecnológicos, nem tenho tecnofobia, mas às vezes sou uma tremenda de uma nostálgica romântica. Eu ouço a minha avó falar de um mundo tão simples que faz com que eu tenha verdadeira repulsa pela minha complexidade.
Com certeza eu não teria cacife para segurar a onda num mundo tão simples, até porque acharia tudo muito chato. Eu iria pro circo, só para poder me aventurar...ou iria dar um jeito de soltar minha rebeldia.
Enfim, depois de muito refletir sobre minha incapacidade de criar um simples Blog....eu fiz!! Sim, eu criei um título, coloquei uma foto, encontrei um conceito para minhas postagens, escrevi algumas de minhas características pessoais e, mais importante de tudo: eu coloquei a cara a tapa! Entendo que o blog é um desafio, um espaço de explorar todos os pensamentos que nos rondam...um lugar para dividir um pouquinho mais da nossa individualidade. Então porque não me aventurar por aqui também? Foi! Pronto! Primeira postagem! Saiu!