quarta-feira, 7 de abril de 2010

ANSIOSO TEMPORAL


Foi assim, como choque.
Foi de canto, como seu toque.
E apareceu a voz da tempestade.

As águas levaram tudo.
As mágoas deixaram pouco.
E eu não soube o que temer.
Só sei que temi.

Só posso tentar temer o que não se pode evitar.
Fazer valer o que está aqui, ao meu lado.

Correr contra os pingos da chuva.
Espalhar-me por milhares de letras.

Algo há de fazer dessa busca, um doce caminho.